sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O MEDO E A TERAPIA

Você pode especificar a causa real da excitação? 


Há uma intensa luta interior e um desejo de ser “mimado”, acalmado. 

A ânsia erótica reprimida, como toda ansiedade infantil quer dar saída à ansiedade, que pode encontrar elementos para uma fobia, reprimidos como receios neuróticos que se explica unindo interesses e preocupações sobre algo que ao ser esclarecido pode gerar tranqüilidade ou compulsão pelo objeto, aonde se mostram sinais de habituação.

Quem tem medo, tem uma expectativa de ter aliviado seus esforços, podendo ficar relativamente calmo e animado, mas mudando rapidamente para o abatimento, numa crise de nervos querendo ser mimado ou apenas ficar assustado ou acostumado.

No medo que não se vê, quando se ouve, há uma mudança de pensamento aonde o desprazer de não ver, toma lugar pelo desejo de querer ver algo, ainda que envolva perda ou separação, negação, continuação, interpretação, adivinhação, comparação, observação.

Também envolve a confissão envolvendo afeições incômodas, aborrecidamente repetitivas, que interrompem e agridem o outro, numa neurose de reconhecimento denotando censuras e rivalidades para chamar a atenção de alguém que se deseja.

Da ansiedade e da solidão surge um desejo hostil suprimido de afastamento de algo e por algo, num conflito em ter a afeição e a compensação, variando entre desejos hostis e costumes de perda, provocando, explicando, desafiando e oportunizando hábitos e desejos de generalizar mudanças que agitam e assustam expressões consideradas arriscadas pelo pavor da lembrança, cuja constante é a relação com cenas vivenciadas e as fantasias criadas.

O significado mais claro que pode retratar o medo é o vazio obscuradamente pesado pelo receio diante do inesperado, negado, negado e negado pelas resistências internas, servindo como válvula de “evacuação” de algo não digerido como o protesto apaixonado inconsciente de não saber o que vem antes nem o que vem depois.

Mergulhe e caia de cabeça dentro da grande caixa da importunação, aonde realmente você vai entender que o orgulho inusitado de expressar seu ponto de vista sem desejar perder sua posição, que adentra entre o sentimento e a sabedoria, entre a dúvida e a recordação, entre a verdade e o vazio.

As lembranças encobridoras fantasiosas têm apenas o propósito de diminuir o instinto normal humano, para robotizar respostas, tratando como doença ou bobagem, o que mais se relaciona ao ser humano, que é montar a colcha de retalhos de sua própria história, deixando para trás resíduos não resolvidos.

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