sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

REFLETINDO SOBRE A NEUROCIÊNCIA PSICANALÍTICA (NEUROPSICANÁLISE)


Questiono: Qual o alvo de atuação da neurociência psicanalítica? 

Poderia ser: Investigar o imaginário de uma dependência parasitária ou simbiótica, mais voltada para um mundo ilusório mercadológico? 

Ou o simbólico dicotômico de lutar e fugir de um suposto básico grupal científico ou psicológico ou pedagógico ou médico que possui características paranóides e tirânicas envolvendo a prática do preconceito no aparente cuidado com os pacientes? 



Ou a realidade da idealização messiânica de satisfação em uma única abordagem como detentora da verdade? 

Poderia ser o começo de sua lide...

Penso que o inconsciente evolutivo do automatismo reacional instintal cerebral usa dos impulsos neurológicos oriundos das ligações neuroquímicas despertadas dos órgãos sensoriais e da memória para as ações humanas, podendo ser subliminar ou age de forma mais profunda.

Suponho que o acesso psicoterápico se dá pela observação do comportamento numa linguagem corporal diante dos fatos do dia a dia, bem como pela escuta clinica de uma linguagem pronunciada cuja fala denota o uso de palavras como comportamentos verbais, pela ativação de áreas cerebrais baseadas numa evolução automática.

Acredito que o que evidencia a confiança na visão está no fato de que a falta de percepção reprimida é uma metáfora para a retenção da necessidade e da criação de expectativas projetadas como a necessidade de tomadas de decisão que podem envolver preconceito deliberado pelas associações que estão envolvidas no processo de plasticidade e economia cerebral.

Medito sobre o narcisismo científico freudiano como uníssono numa depressão frente à realidade, problematizando a própria utilidade da comunicação e participação social como reflexão sobre a própria operação mental. 

Portanto, teria a psicoterapia neurocientífica na busca do autoconhecimento, a função de demonstrar que o acesso ao inconsciente publica, transmite, reescreve, redistribui e autoriza a própria história humana?

Dessa forma, entendo que a ocasião ou momento da consciência em que as respostas ocorrem nas experiências subjetivas, na busca da descrição do comportamento.

Tendo em vista a existência da própria resposta da auto-observação quanto às características individuais envolvendo a predição hipotética comportamental e suas conseqüências reforçadoras na formação de ideais controladores dos grupos e instituições, fazem da neurociência psicanalítica um tipo de psicologia positiva comportamental analítica.

Vislumbro que a fisiologia psicológica experiêncial cognitiva, associativa e autônoma enfrenta a negativização, ridicularização e punição, pelo desejo de motivar as crenças, diante dos obstáculos epistemológicos totalitários, cujas tendências patologizantes geram conclusões apressadas.

Esquecem que esta análise psicossocial, sociodinâmica e institucional incorpora o "princípio da desnaturalização" que redefine seu objeto e seus dispositivos ético-metodológicos, numa proposta clínica institucional que problematiza a interioridade e a subjetividade instituída.

Defendo que trata-se de um método psicanalítico porque insere uma investigação da mente e seu funcionamento; um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano; um método de tratamento psicoterapêutico que evidencia uma ansiedade científica objetiva, neurótica e moral, cuja autenticidade da operação de consumação da proposta, autonomia de um complexo de desejos subjetivos científicos não seja dependente de um só lugar de origem epistemológica.

Li que houve uma primeira busca de elucidação feita por Freud, nos estudos dos fenômenos histéricos (mecanismos de conversão) na busca de compreender os fenômenos psicossomáticos como uma linguagem corporal, traduzidos os conteúdos emocionais reprimidos.

A carga afetiva se descarregava pela inervação somática poderia descarregar-se pela inervação vegetativa como psicofisiologia das neuroses vegetativas, descritas desde 1777 como Adinamyae por W. Cullen. 

Depois, os iniciadores da Psicossomática (Alexander, Deutush, Dumbar, French, Garma e outros) procuraram introduzir, dentro da estrutura conceitual psicanalítica, algumas definidas patologias somáticas, abrindo a perspectiva de tratamento psicanalítico e por fim?

Engel que começou com adaptações do método psicanalítico para observações à cabeceira do enfermo e dos achados laboratoriais e o que dizer dos avanços científicos...

Finalizando, sugiro que, na história da neuro-psicanálise, os vínculos que a unem ao meio sociocultural e os problemas relacionados ao seu ensino no ambiente universitário, carecem de mais análise pessoal, supervisão e estudo crítico dessa velha novidade teórica que creio unir a Psicanálise, a Medicina Psicossomática e a informática genético-neurológica.

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