sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

PSICOLOGIA, PSICANÁLISE, PSICOPEDAGOGIA, PSIQUIATRIA...


A crise entre a Psicanálise X Psicologia me remetem à crise entre Psicologia x Ciência... tempos atrás...

Se na própria formulação hipotética da psicologia a asserção psicológica se depara com o conhecimento de visões multifacetadas, o que dizer de outra corrente do conhecimento que corre paralela à formação psicológica?

Se já é difícil tentar explicar e compreender as patologias dentro do próprio âmbito das psicologias, o capricho dos analistas e dos psicólogos não seriam os mesmos de tentar adentrar nos labirintos da óptica do aparelho mental através das muitas abordagens como se fosse adentrar na psiquiatria, via psicossomática?

Se a descrição psicológica carece de analogias para seu entendimento, as abordagens são barradas na própria definição do que é ser consciente e nem sempre o óbvio numa psicologia é óbvio para outras psicologias. 

Existe uma neurose inapropriada de tentar compreender as formas das expressões psicológicas como se existisse uma pureza única responsável; isso nem a teologia consegue resolver., e como teólogo e cientista religioso, constatei isso.

Existem psicologias estranhas à análise porque nem todas são psicologias do inconsciente e a psicologia que mal saiu da medicina (psiquiatria) adentra no novo continente do inconsciente freudiano, como alguns psicólogos que acham impossível a existência desse inconsciente.
 
A atividade analítica é algo árduo, de grande responsabilidade, e a interpretação é uma das resistências humanas, e a psicologia deve mergulhar nas profundezas da psicanálise e não proibir o acesso às suas margens, afinal, acho que a ponte se estabiliza em duas colunas distintas e às margens uma das outras, aonde o que importa é “manter o fluxo...”

Se existe alguma semelhança entre a psicologia e a psicanálise, a associação e análise qualitativa estão intimamente ligadas; bem como a busca do entendimento envolvendo a crença e os efeitos psicossomáticos, aonde a psicanálise é uma psicologia profunda, acima de jargões, tradições ou meros termos publicitários. 

Há alguma semelhança entre a psicologia individual e a auto-análise? 

Há alguma diferença entre cursar uma grade e a análise e formação pessoal e supervisão constante para poder atender outras pessoas?

Não adianta tentar barrar o futuro da psicanálise para fugir do passado da filosofia., é claro que ao entrar profundamente na realidade psíquica não há precisão de rotulação se algo é psicológico, psicanalítico, psiquiátrico ou metapsicológico; pelo menos para o paciente... quando se apela ao desentendimento, se perde o foco da análise., parece ata a cena de cirurgiões brigando na UTI e o paciente aberto...

Acredito ser ingênua qualquer vanglória improcedente de tentar desarmonizar a psicologia e a psicanálise porque acima da diferença qualitativa, se encontra a situação quantitativa, como elementos combinados, mesmo que a psicanálise possua um alicerce firme.

Nos aspectos dinâmicos, topográficos e econômicos, o que parece inquietar à psicologia é o caso de amor da psicanálise que prometeu abraçá-la, mas anda de caso com os leigos que a psicologia parece odiar, devido o seu romance com a psiquiatria.

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