1º. MOMENTO: PARADOXAL DE
EXTERIORIZAÇÃO DO LIBIDO E CERCO DA CONSCIÊNCIA:
O
processo de conversão se inicia com uma abertura instintiva inconsciente da
constatação de que a personalidade é desvalorizada pelo social, originando
traumas e a falta de perdão gera uma perda de permanência no trabalho produtivo
ou stress, tirando o foco definido da responsabilidade cujo mecanismo de defesa
repressor acaba indo contra a consciência da pessoa que não quer saber de nada,
mas ao mesmo tempo questiona a falta de ordem e do cuidado pessoal a que esse
período associa, interiormente, como que se estivesse se sentindo descoberta de
algo ou devendo algo a si mesma, sem saber o que seria, num processo inconsciente
de tentar dar sentido à vida.
Numa
fase posterior, o excesso de energia psíquica gerado na fase anterior gera
impulsões orgânicas, aonde o paradoxo prazer e negação do prazer como
recompensa ou punição precipita a uma massificação ou exacerbação de uma
prática tornada viciosa, gerando divisão dentro de si mesmo(a), e ao mesmo
tempo uma insensibilidade egoísta de oposição e escárnio aos valores morais
confrontadores, formando reativamente uma fixação de idéias opostas ou
contrastes, dificultando a abertura ao diálogo e ao mesmo tempo achando-se
despreparado ou rejeitado à companhia de alguém, carecendo de uma mediação ou
reflexão incisiva por parte algo externo.
Na
terceira fase, essa busca pelo prazer gera o desejo e ao mesmo tempo a rejeição
de si mesmo(a), aonde a alienação cultural e a acepção pessoal confronta o
sentido da vida da pessoa que passa por esta crise de experiência, ora
constrangido, ora sendo injusto, numa crise de valores que projeta atribuições
e problemas aos outros como forma inconsciente de querer substituir a falta da
presença de autoridade e de apoio, aonde o presente é uma angustiante e
depressiva rememorização do passado gerando angustiosa e deprimente expectação
futura de opressão, agonia, desprazer e punição pessoal.
2º. MOMENTO: CONCEPÇÃO DE IDEOGÊNICA
CONFLITIVA:
Após
o período em que a insensível falta de foco e confrontação do sentido da vida,
pelo instinto, impulso orgânico e desejo de prazer do Id quer delimitar a
vivência comportamental, segue-se a quarta fase aonde a mente constata a necessidade de regulação e
redefinição de papéis, carecendo de um modelo aonde os estímulos externos
possam ser lidados, as experiências decorrentes deste processo possam ser
armazenadas e haja aprendizado e modificação da persona única e original
intriseca de cada pessoa.
Inicialmente,
na quarta fase, a necessidade de apoio e de ajuda enfrentam um relativismo
moral que gera a perda do desejo de prioridade e ao mesmo tempo uma crise de
autenticidade na busca pela vocação, ocasionando rebeldia e acusação que podem
gerar uma regressão mental influenciando num comportamento abusivo de achar que
merece algo quando se acha agredido pela falta de prazer requerido, visto que a
falta de influência pessoal ao meio aonde vive gera necessidade de afeto
parental, conjugal, fraternal ou social, redimindo e libertando O Ego do desejo
de ser servido, carecendo esvaziar-se preenchendo-se com um novo desejo de
servir e ser valorizado pelo outro.
Na
quinta fase, as experiências armazenadas exibidas no egoísmo, oportunismo e
inveja de se achar dono da verdade, leva-e-traz e ser acomodado pela crise de
autenticidade da fase anterior, que gerou indisciplina opressora interior,
aprisionando a si mesmo por uma política pessoal que quer negar o sofrimento, numa
crise de conceitos, aonde o medo e dúvidas são chamados à uma racionalização
ainda que gerem desculpas e motivos aparentemente justificáveis, cuja falta de
conteúdo reflexivo gera o desejo de busca pela reconciliação e paz interior,
ainda que a busca do sentido da vida aumente e se a pessoa se ache num vazio
inconsciente cada vez maior,
Na
sexta fase ao aprender a modificar sua indisciplina mental, pela concentração
na busca de superar o sofrimento de vazio, as artificialidades que geram falta
de atitude mediante a necessidade de uma palavra ou comando mental, que geram
crise de identidade, descrença e escândalos, negação, recusa em reconhecer a
situação ou recaída no processo de mudança interior, oriundas da falta de
cumprimento para consigo mesmo, ao ordenadas à supressão mediante a busca de
algo que transcenda o que carece a mente, numa oportunização de entrar em
contato com algo novo transpessoal, abertura ao aprendizado mediante o
sofrimento, gerando sede e fome de saber transformador.
3º. MOMENTO: PSICOTERAPIA
RESSIGNIFICATIVA:
Após
o abuso da crise conceitual e processual mental, aonde a pulsão do ID, o
ajustamento do Ego carecem de um tratamento psicoterápico interior de
auto-consciência, mediante a inibição dos impulsos sem moral do Id, a tentativa
de um comportamento forçado do Ego, necessitam ser conduzidos à perfeição ou
“homeostasia racional” cujos gestos,
pensamentos e palavras venham a refletir na pessoa a superação da falta de
fidelidade à busca do sobre-natural, ainda que inserido no pessoal, de maneira
afetivo-cognitivo.
Na
sétima fase, os impulsos imorais ou amorais que especulam uma falta de
preservação da sanidade mental e da realização cognitiva, que geram crise de
discernimento, acusando afronta e falsidade, deslocam e mudam sentimentos para
outras coisas, substituindo faltas por exacerbações vocabulares ou desejos de
atividades egoístas, aonde a pessoa se sente perdida, carecendo urgentemente
tomar atitudes e decisões que irão mudar o curso de suas vidas.
Na
oitava fase, a carência de atitude decisória se intensifica no superego aonde
os comportamentos forçosos que inconscientemente são como mensagens
subliminares, gerando uma estranheza e falta de intimidade consigo mesmo, como
que “se estranhando ou se desconhecendo” numa crise existencial, com grandes e
graves lutas interiores, aonde a identificação do caráter, da essência do que
se é assimila características de outro modelo, levando a constatação da falta
de zelo para consigo mesmo e uma convocação pessoal introspectiva e holística a
algo superador, motivador e novo que venha a gerar paz interior e auto-estima.
Na
nona fase, este preço pago à condução da perfeição de quem somos, do que
ensejamos e do que desconhecemos é instituído a nosso favor em meio à uma crise
de fé em nossa falta de preparação e mediante uma guerra espiritual, contra os
valores sociais, culturais, interpessoais e intra-pessoais, aonde a introjeção
ou sublimação da pulsão do libido é ressignificada, integrada como nova crença a ser canalisada por causa de
novos afetos associados à reflexão do absoluto e da comprovação na integração
com um novo meio em empatia dialógica, canalisando as energias para algo
aceitável, aonde a antiga falta de correção foi transformada em propósito de
vida.
A
abertura do instinto curioso que gera o impulso do desejo de ter o prazer do
conhecimento, provoca estímulo para armazenar o novo, modificado e aprendido,
de forma que os impulsos são inibidos, os comportamentos são forçados e há um
progresso desenvolvimento em harmonia (Novo Nascimento)
Esse
processo é retilíneo na pessoalidade acumulativa histórico-existencial, cíclico
em sua operativa mental-comportamental diária e espiral em sua projeção
visionária dialogal, aonde somos impelidos numa liberdade de sermos edificados
no ontem, consolados no hoje e exortados no amanhã, que teologicamente se
baseia na tríade-conversão-comunhão-adoração = salvação.
Jesus
redefine isso como tomar a cruz do Id, negar o seu EGO e seguir o SUPEREGO
aonde o inimigo veio matar os relacionamentos, destruir a reflexão para roubar
a revelação. No complexo de Édipo a Tríade PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO são
rememorados na Tríade PAI, FILHO e MÃE, denotando que a autoridade e a
conservação carecem da recepção e aplicação conjugada, saber receber no Id o
que o Ego gera advindo do Superego.
A cada dia devemos procurar crescimento
espiritual, num processo de conversão diária a Deus, cuja produção da fé será
confiança relacional, esperança mental e fé salvadora em Deus, de quem somos,
vimos e iremos, fazer parte com a glória que nos esteve preparada; basta
queremos, pois tendo ou não tendo se quisermos, poderemos ser o que Deus tem
preparado para aqueles que o amam.
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