sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

SEXO CASUAL PAGO E A TERAPIA

Que respeitemos a todas as pessoas no seu direito de escolha; psicanaliticamente, a compulsão ligada à iniciação dos interesses sexuais podem refletir uma frustração amorosa ligada ao pai ou uma auto-censura relacionada à maternidade ou à figura da mãe.

As violentas auto-censuras provocam sentimentos afetivos e ao mesmo tempo lamentações desagradáveis, como quem goza com o amante que nunca vira, aonde a inibição assustadora da ameaça externa convive com o desejo de relações sexuais ocasionais, das quais a mulher extrai algum proveito de sua genitália ao mesmo tempo em que se dispõe a copular em troca de dinheiro. 

Essa fantasia hostil de sentimentos associados sinaliza alguma malícia por parte da mãe ou situações sexuais com os irmãos ou uma vida franca com apelo profissional numa oportunidade de gratificar impulsos de hostilidade e de rivalidade de uma outra mulher.

Essa realidade relaciona o ciúme com a necessidade da paixão, aonde a valorização e aferição da integridade sexual é reduzida à uma aproximação e consideração da mulher como objeto amoroso aonde a fidelidade transgredida ou o desejo sexual impulsionado em suas várias vertentes protagonizam uma neurose de ansiedade nunca revelada.

Essa posição deriva do complexo materno aonde se atormenta e se considera uma pureza moral que ao mesmo tempo contrasta de forma inconsciente dividida em uma oposição entre um desprezo e rebeldia indiscriminadamente brutal destruidor de uma história e o sentimento de rejeição mascarado como meio de vida.

O misto de desejo e horror nutre o ódio e o desejo imaginativo de interesses egoístas que se processa nos homens como desejos de fixação sexual na época da puberdade e nas mulheres como ansiedade de colocar-se em lugar de perigo no desejo de salvar o outro.

Esse misto de ternura e poder de independência, tem no desejo de retribuir e compensar os pais ainda que possam ser desconhecidos e terem contribuído ao desamparo da pessoa.

Culpa, auto-censura e baixo padrão moral e desvalorização sexual são sublimados pelas que empregam nas fantasias o medo de desamparo, hora andando na retidão, hora andando no “crime”, no homossexualismo, no heterossexualismo grupal ou misturado, no incesto, na perversão, numa bagagem opressora e sonhadora, usando os órgãos sexuais como símbolos dos sonhos.

Entre a perturbação, depreciação, supervalorização, a livre expressão da capacidade sexual impera, num alto grau de prazer gerando uma corrente afetiva, que não refina a realidade sexual perversa aonde a não realização gera um alto nível de desprazer, que se expõe na depreciação e desprezo do objeto sexual.

Entre a fantasia e a sensualidade, as drogas e o suicídio.

Quando da substituição, quando a ternura se torna inatingível mesmo diante de um alcance fácil porque a má consciência torna infeliz a vida erótica das mulheres ora dominadas por impulsos súbitos e misteriosos, ora da que atrái para se afastar do amor, tentando vencer seus lutos e perdas aonde o grande medo é que o destino as apanhem sem defesa, das que fazem do hábito, a punição e compulsão erótica masturbatória social.

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